ESTALÃO DA RAÇA BOULEDOGUE FRANCÊS

Classificação F.C.I.:

Grupo 9 – Cães de Companhia

Seção 11 – Cães Molossos de Pequeno Porte

Padrão FCI no 101 – 06 de abril de 1998.

País de origem: França

Nome no país de origem: Bouledogue Français

Utilização: Companhia, guarda e lazer

Sem prova de trabalho.

a- profundidade do peito 13 – Perna
b – altura do cotovelo 14 – Jarrete
a+b = altura do cão 15 – Metatarso
1 – Trufa 16 – Patas
2 – Focinho 17 – Joelho
3 – Stop 18 – Linha Inferior
4 – Crânio 19 – Cotovelo
5 – Occipital 20 – Linha do solo
6 – Cernelha 21 – Metacarpo
7 – Dorso 22 – Carpov
8 – Lombo 23 – Antebraço
9 – Garupa 24 – Nível do esterno na cernelha
10 – Raiz da cauda 25 – Braço
11 – Ísquio 26 – Ponta do esterno
12 – Coxa 27 – Ponta do ombro

APARÊNCIA GERAL DO BOULEDOGUE FRANCÊS: O tipo é o de um molossóide de pequeno porte. Cão possante para seu pequeno talhe, brevilíneo, atarracado, compacto em todas as suas proporções, de pelo curto, com uma trufa achatada, de orelhas eretas e com uma cauda naturalmente curta. Ele deve ter a aparência de um cão ativo, inteligente, muito musculoso, de estrutura compacta com uma sólida ossatura. Nenhum ponto é exagerado comparado aos outros, o que poderia destruir a harmonia geral ou dar ao cão uma aparência disforme de género ou de movimento.

PROPORÇÕES IMPORTANTES: O comprimento do corpo, medido da ponta do ombro à ponta da nádega é ligeiramente superior à da altura na cernelha. O comprimento do focinho é de cerca de 1/6 do comprimento total da cabeça.

COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: Cão de companhia, sociável, alegre, brincalhão, possessivo e ativo.

CABEÇA: Deve ser forte, larga e quadrada, a pele que a recobre forma, sem excessos, as pregas e as rugas simétricas.

REGIÃO CRANIANA

CRÂNIO: Largo, quase plano de uma orelha à outra, testa abaulada. Arcadas superciliares proeminentes, separadas por um sulco sagital pronunciado entre os olhos. O sulco não se prolonga para a testa. Crista occipital externa muito pouco desenvolvida.

STOP: profundamente acentuado.

REGIÃO FACIAL: A cabeça do Bouledogue Francês é caracterizada por um encurtamento da porção maxilo-nasal, bem como por uma ligeira a moderada inclinação da trufa para trás. A trufa é ligeiramente arrebitada.

Trufa: De cor preta, larga, achatada, com narinas bem abertas e simétricas, voltadas obliquamente para trás. A inclinação das narinas bem como a trufa arrebitada devem permitir uma respiração nasal normal.

Focinho: Muito curto, largo, apresentando as pregas concentricamente simétricas.

Lábios: Espessos, um pouco soltos e pretos. O lábio superior junta-se ao inferior na sua metade, cobrindo completamente os dentes. O perfil do lábio superior é descendente e arredondado. A língua jamais deve ficar à mostra quando o cão está em repouso.

Maxilares/Dentes: Maxilares largos e poderosos. A maxila inferior (mandíbula) projetasse à frente da maxila superior e curva-se para cima. O arco incisivo inferior é arredondado. Os maxilares não devem apresentar desvio lateral ou torção. Os espaços das arcadas incisivas não devem ser estritamente delimitados, a condição essencial é que os lábios superior e inferior se fechem bem ajustados cobrindo completamente os dentes. Os incisivos inferiores sobre passam os incisivos superiores. Incisivos e caninos suficiente desenvolvidos. Dentição completa é desejada.

Bochechas: Bem desenvolvidas.

Olhos: Bem visíveis, com a expressão alerta, de inserção baixa, bem longe da trufa e das orelhas, de cor escura, bastante grandes, arredondados e sem mostrar traços de branco (esclerótica) quando o animal está olhando diretamente para a frente. A borda das pálpebras deve ser preta.

Orelhas: De tamanho médio, largas na base e arredondadas na ponta. Inseridas no alto da cabeça, sem ficarem muito próximas, portadas eretas. O pavilhão é voltado para frente. A pele deve ser fina e macia ao toque.

PESCOÇO: Curto, poderoso, ligeiramente arqueado, sem barbelas, ele alarga na direção do ombro.

TRONCO

Linha superior: Progressivamente ascendente, mas não excessivamente, a partir da cernelha até o nível do lombo. Essa conformação, chamada carpa (“dos de carpe”), é uma característica da raça.

Dorso: Largo e musculoso, sólido e sem frouxidão.

Lombo: Curto, largo e arqueado.

Garupa: Bem inclinada.

Peito: Cilíndrico e bem descido (ligeiramente abaixo dos cotovelos), costelas muito bem arqueadas, denominadas “em barril”. Peito largamente aberto, inscrito em um quadrado, quando visto de frente. Linha inferior e ventre: Retraído, mas sem muito esgalgamento.

CAUDA: Naturalmente curta, idealmente de um comprimento suficiente para cobrir o ânus, de inserção baixa, quase reta, grossa na base e afilando na extremidade. Uma cauda torcida, nodosa, quebrada ou relativamente longa, mas que não ultrapasse a ponta dos jarretes, é admitida. É portada baixa, mesmo em ação, e não se deve elevar acima da horizontal.

MEMBROS

ANTERIORES

Aparência geral: Aprumos regulares quando vistos de perfil e de frente.

Escápulas: Devem ser bem oblíquas.

Braços: Curtos, grossos, musculosos, ligeiramente curvados.

Cotovelos: Justos ao corpo, sem frouxidão.

Antebraços: Curtos, retos e musculosos.

Carpos: Sólidos e curtos.

Metacarpos: Curtos e ligeiramente oblíquos, quando vistos de perfil. Patas: Redondas, compactas, de pequena dimensão, ditos “pés de gato”, ligeiramente voltadas para fora. Os dedos são bem cerrados, as unhas curtas, grossas e de cor preta.

POSTERIORES

Aparência geral: Os membros posteriores são fortes e musculosos, um pouco mais longos que os membros anteriores, elevando assim a traseira. Os aprumos são retos, quando vistos de perfil e de trás.

Coxas: Musculosas, firmes.

Jarretes: Bem descidos, nem muito angulados nem retos. Tarso: sólido.

Metatarsos: Curtos.

Patas: Redondas, bem compactas, não virando nem para dentro nem para fora.

Movimentação: Os membros se movimentam paralelamente ao plano médio do corpo, tanto quando vistos de frente quanto de perfil. Os movimentos são livres, poderosos e regulares.

Pele: Sem frouxidão.

PELAGEM

Pelo: Curto, cerrado, brilhante e macio, sem subpelo.

Cor: Fulvo, tigrado ou não, com ou sem manchas brancas.

Pelagens sem manchas brancas:

Tigrado: Pelagem fulvo com moderadas ranhuras transversais moderadas de rajado escuro dando uma aparência de “tigre”, a pelagem fortemente tigrada não deve esconder a máscara de fundo fulvo. Uma máscara preta deve estar presente. Manchas brancas limitadas presentes ou não.

Fulvo: Pelagem uniforme, de nuance fulvo claro ao fulvo escuro, apresentando, algumas vezes, uma atenuação de cor das partes inclinadas, com ou sem máscara preta, a pelagem com máscara sendo preferida. Manchas brancas limitadas presentes ou não.

Pelagem com manchas brancas:

Tigrado com moderada ou intensa quantidade de manchas brancas: ditos “codorna”, a mancha branca sendo idealmente distribuída sobre todo o animal. Algumas manchas em sua pele são toleradas.

Fulvo com moderada ou intensa quantidade de manchas brancas: ditos “fulvo e branco”, a mancha branca sendo idealmente distribuída sobre todo o animal.

Algumas manchas em sua pele são toleradas.

Para todas as pelagens, a trufa é negra, jamais marrom nem azul. Os exemplares totalmente brancos (a mancha branca totalmente invasiva), exceto que com a trufa e as bordas das pálpebras negras, são admitidas, mas não procuradas por causa dos riscos associados à surdez.

TAMANHO / PESO

Altura na cernelha: Machos: 27 à 35cm; Fêmeas: 24 à 32cm, com uma tolerância de 1 cm a mais ou a menos.

Peso: Machos: 9 à 14kg., Fêmeas: 8 à 13kg. Uma tolerância de 500 g acima do limite superior é aceite se o exemplar é bem típico.

FALTAS: Qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade e seus efeitos na saúde e bem estar do cão.

• Cor de “codorna” fortemente manchetado.

• Cor fulvo e branco fortemente salpicado.

• Para a cor fulvo, listra dorsal muito pronunciada que se estende na parte de trás.

• “Meia branca” nos tigrados e fulvos.

• Unhas claras.

FALTAS GRAVES

• “Hipertipo”, exagero das características próprias à raça.

• Focinho muito longo ou muito curto.

• Língua aparente, a boca estando fechada.

• Olho claro (olho de rapina).

• Linha superior horizontal, da cernelha ao lombo.

• Excesso de despigmentação nos lábios, na trufa e nas bordas das pálpebras que nunca devem ser completamente despigmentadas.

• Mordedura em pinça.

FALTAS DESQUALIFICANTES

• Agressividade ou timidez excessiva.

• Todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado.

• Falta de tipo: características raciais insuficientes que fazem com que o cão como um todo não se pareça o suficiente com os seus congêneres da mesma raça.

• Narinas completamente fechadas.

• Desvio lateral ou torção de mandíbula deixando a língua permanentemente aparente.

• Cães com incisivos inferiores articulando atrás dos superiores.

• Cães com caninos (presas) permanentemente à mostra mesmo com a boca fechada.

• Olhos heterocrômicos.

• Outras cores de trufa que não a preta.

• Orelhas não portadas eretas.

• Anurismo e cauda crescida para dentro.

• “Ergô” nos posteriores.

• Jarrete invertido (“de vaca”).

• Pelagem longa, dura ou lanosa.

• Cor não conforme às descritas no padrão, incluindo o preto, o preto com marcas fulvo e todas as diluições de preto, com ou sem mancha branca.

• Tamanho e peso fora dos limites aceitos.

• Dificuldade respiratória.

• Surdez.

NOTAS:

• Os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal.

• Somente os cães clinicamente e funcionalmente saudáveis e com conformação típica da raça deveriam ser usados para a reprodução.

Fonte: CBKC / FCI

 

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